Tenho sofrido poesia como quem anda no mar. Um enjoo. Uma agonia. Sabor a sal. Maresia. Vidro côncavo a boiar. Dói esta corda vibrante. A corda que o barco prende à fria argola do cais. Se vem onda que a levante vem logo outra que a distende. Não tem descanso jamais. António Gedeão