Os livros do autor conhecido como Lewis Carroll não costumam cair no gosto popular porque não são fáceis de ler e tampouco de serem entendidos, embora apresentem o fascínio de um mundo novo e profundamente questionador. Originalmente um matemático que tinha gosto por temas da infância, Carroll escreveu os livros de Alice, de acordo com o que se conta, porque sua amiga -- uma menina de 10 anos chamada Alice Liddell -- gostara da história que ele, então com 30 anos, havia começado a lhe contar, e lhe pedira então que a pusesse no papel. A história fantástica da menina que cai num buraco de seu jardim e vai parar num poço inimaginável, onde os seres mais incríveis têm vida, organizam-se, obedecem, governam e julgam atravessou as décadas sem que se amenizasse a qualidade das charadas e das lógicas matemáticas ali escondidas e tampouco deixasse para trás toda a polêmica que gerou. Basta prestar atenção, atualmente, no frisson que a mais nova adaptação da história, trazida à grande tela pela...